quarta-feira, 23 de abril de 2008

Nasceu assim


Não, até hoje não tinha um blog. Mas ae a me liga no feriadão chorando me convidando pra jantar. Não, o choro não era o motivo do convite, só que um dia depois, aquele choro mudou de endereço. Into the Wild não é um filme qualquer, ele tira você dali, daquela poltrona confortável do Cine Bombril. Você entra querendo que o cinema esteja vazio e sai querendo que ele estivesse lotado. Lotado de histórias, lotado de vida, de perdões e amor. Foi assim que fiquei na cadeira 20 minutos depois do filme terminar, vendo todo mundo passar por mim. Estava difícil de ver, os olhos estavam cansados da mais linda e simples realidade. Quando cheguei no cinema e me sentei, vi um japonês comendo pipoca de hashi, achei engraçado, duas horas e meia depois queria conhecer aquele cara e bater um papo com ele, mas ele saiu rápido. E assim foram saindo as pessoas. E agora? Levanto daqui e faço o que? O mesmo de sempre? Ligo? Tomei coragem, bem pequenininha perto de Supertramp, mas levantei e fui caminhando pela Paulista, chuvosa e fria. O filme estava lá. É verdade, o que se falou lá em cima da montanha; quando você perdoa, você ama e quando ama Deus sorri pra você. Amor também é livre. Amor grande deixa o desejo pequeno. Não sei o quanto estamos perto ou longe da liberdade verdadeira, se o ônibus mágico está no próximo ponto, se já passou ou tem hora para aparecer, mas acho que é assim mesmo. A liberdade permite tudo não é? E esse blog nasceu assim, de uma vontade incontrolável de escrever sobre o amor e a vida, mas principalmente sobre a liberdade. Ele não tem periodicidade. Talvez ele nunca mais receba
um post sequer, por que esta é a natureza deste blog. Um grande beijo

Um comentário:

Unknown disse...

Dandan,

felicicidade só existe se for compartilhada. E com você já compartilhei muitas.

amo-te
fefet