quarta-feira, 11 de junho de 2008

poesia muda



No L'oratorio D'Aurélia é assim,
as flores são colocadas em um vaso, de cabeça para baixo,
as roupas são colocadas no varal e logo depois regadas,
a sombra troca de lugar com a pessoa,
a pipa empina Aurelia,
os bonecos assistem o teatro de gente,
a neve que cai sobre seu corpo é feita de renda,
Aurelia se desfaz no tempo em forma de areia,
ou é desmanchada como um novelo de lã,
brinca com a melodia dos despertadores, tenta acordar,
tenta existir, mas a fantasia é maior que ela.
Uma poesia criada por Victoria Chaplin e protagonizada por Aurelia Tierre Chaplin,
filha e neta dele.

Nenhum comentário: